A Astrologia apareceu bem cedo na minha juventude. Eu me lembro de quando vi o meu mapa natal pela primeira vez e logo me reconheci naquele estranho desenho: os desafios explícitos formados entre setas, trânsitos e posições astrológicas, me mostrando novas maneiras de seguir, além de tantos percalços, a minha história de vida com mais sentido para mim mesma.
Arrisquei, desisti da minha carreira jurídica, que já tinha certa estabilidade, e segui corajosamente por alguns desses novos caminhos. Ao perceber resultados, me apaixonei ainda mais por essa sabedoria e me tornei astróloga.
Depois de muitos anos atendendo milhares de pessoas nas leituras dos seus mapas astrais, uma nova paixão me invadiu: o cinema. Foi dando aulas de Astrologia que percebi o roteiro de vida de cada um, em que a posição do Sol no mapa é o desafio da “chegada”, o bálsamo da plenitude em ser quem se é verdadeiramente. Para isso muitas vezes damos muitas voltas, vivendo, aprendendo e, algumas vezes, cometendo os mesmos erros, até desvendarmos nossos próprios mistérios e segredos.
Percebi ainda que, nesse roteiro particular escrito pelas estrelas, a casa 5 do mapa astral é onde fica guardado o pote de ouro da arte de ser feliz. O portal da realização passa pelas memórias de infância, pela energia vital de se expressar criativamente de forma original e, principalmente – talvez por estar a casa 5 regida naturalmente pelo glorioso astro rei Sol –, é onde habita o coração pulsante de encontrar os artistas que somos, para celebrar e escrever as nossas vidas com total liberdade de expressão – inclusive liberdade de si mesmo no tocante ao medo do julgamento dos outros.
A casa 5 do mapa é o local onde muitas vezes aprisionamos a nossa criança interior e abafamos o tesão de nos relacionarmos a partir de quem somos e, consequentemente, desconhecemos o nosso brilho pessoal e a nossa alegria. Com base nessa percepção, incluí uma nova abordagem artística nas minhas leituras astrológicas, refletindo: o que te faz genuinamente feliz? Qual o filme da sua história de vida, em que você é o roteirista e também o personagem principal?
Nessa inspiração toda, fui estudar cinema e constatei algo que eu já intuía: a arte está para a vida assim como o Sol está para a Astrologia: um é parte intrínseca do outro.
Como cineasta independente, estou produzindo uma trilogia sobre o tema Astrologia e vidas reais. No meu primeiro filme, “Prazer, Casa 08”, investiguei a intimidade sexual, o amor, a diversidade e os segredos das profundas águas de Escorpião, com nuances inspiradoras de Plutão e de Marte. O documentário está no ar, disponível na internet e na Libreflix, uma plataforma de cinema independente.
No meu novo filme, intitulado “Casa 05: O Sol que nos habita”, prestes a estrear, no próximo dia 23 (estão todos convidados), eu mergulhei na energia da casa mais solar do mapa astrológico e no talento original de artistas consagrados, retratando como é ser artista e viver trabalhando de arte no Brasil. E, claro, foi um verdadeiro presente receber artistas como Zezé Motta, Paulo Betti e Ney Latorraca, o que me transformou profundamente, pois, além da grandiosidade do talento que têm, ouvi-los contando detalhes de suas memórias pessoais me despertou mais uma certeza: o Sol é para todos o tempo todo, e todos nós temos um artista que nos habita.
E você? Conhece a arte que toca o seu coração? E já pensou se a arte morresse e se o Sol se apagasse, como seria a vida?
Você já pensou nisso? Como seria a sua vida sem alegria, amor e arte?
Talvez o sentido da vida esteja exatamente aí, escondido no pote de ouro da casa 5 do nosso mapa astral, bem dentro do coração da criança que nos habita.
Bjos astrais,
Ekatala Keller
Astróloga e Cineasta
Casa 05: O Sol que nos habita
Trailer oficial: https://vimeo.com/455950287/
Estreia: 23 de setembro, às 21h
Onde: Youtube (https://www.youtube.com/
Elenco: Francisco Pons, Jonatas Faro, Jules Vandystadt, Ney Latorraca, Paulo Betti e Zezé Motta
Duração: 66 minutos
Roteiro e direção: Ekatala Keller
Produção: Gatamel Estúdio Arte
Poemas: Leandro Bellini
Fotografia: Alexandre Devananda e Oliver
Som: César Pezzi
Produção executiva: Alexandre Devananda
Assistente de produção: Nícolas Keller
Arte: Oliver
Edição e montagem: Paulo Gabriel
Cor: Lucas Melo
Mixagem e animação: Paulo Gabriel
Trilha sonora: Francisco Pons