3 atitudes que despertam a empatia

Atualmente, é muito comum ver e ouvir pessoas disseminando mensagens sobre como precisamos ter mais empatia pelo próximo, sobre como tem faltado empatia no mundo e sobre como devemos ser mais empáticos no dia a dia. Mas, afinal, o que é essa tal de empatia que todos têm falado tanto? 

A empatia é a capacidade de se imaginar passando pelas mesmas situações que o outro, sentindo os mesmos sentimentos e emoções. A empatia surge a partir de uma capacidade psicológica, que deve ser trabalhada em cada um de nós. Assim como todos os outros estímulos psicológicos que temos, algumas pessoas já nascem com alguns mais aflorados do que outros. Da mesma forma funciona com os sentimentos e emoções – algumas pessoas são mais sensíveis, outras mais racionais; algumas são mais positivas, outras mais negativas, e assim por diante. 

E funciona assim, também, em relação à empatia. Essa capacidade de tentar entender o que o outro está de fato sentindo, para então respeitar esse momento e esse sentimento acontece de forma muito natural para algumas pessoas. Outras, no entanto, precisam treinar essa atitude para que ela se torne verdadeira.

E é, de fato, importante sentir empatia pelo outro. Porque a sensação de se colocar no lugar de outra pessoa faz com que você tenha vontade de ajudá-la, ampará-la ou, ao menos, estar próximo caso ela precise de um ombro amigo, por exemplo. Com empatia, outras emoções tóxicas perdem espaço, como rancor, vingança, frieza e, principalmente, o desprezo, que tem consequências severas para a vida em sociedade. Portanto, a empatia melhora o convívio com os outros e a vida em sociedade.

Vale dizer, inclusive, que a empatia não quer dizer comparação. Aquela velha história de “sei como é, já senti até pior” não vale. Tentar pesar o que cada um sente para provar que você já se sentiu pior, não é empatia. Competição de tristeza é egoísmo, não empatia ou altruísmo.

Empatia também é diferente de simpatia. Ser simpático é uma ação intelectual, puramente questão de educação e afinidade com as pessoas que estão em volta, e com a sua vontade de parecer mais educado, feliz etc. A empatia vem das emoções, do interior. Ao ser simpático, você tenta agradar os outros; ao ser empático, você se coloca no lugar do outro e compreende seus sentimentos. Um, portanto, não tem nada a ver com o outro.

Saiba ouvir: Saber ouvir é uma das chaves da empatia. De nada adianta você interromper o desabafo da sua amiga ou o choro do seu amigo falando “eu te avisei” ou “para de chororô, porque o que aconteceu nem foi tão ruim assim” a cada minuto. 

Escute. Tenha paciência. Deixe o outro desabafar, ou até mesmo comemorar. Afinal, a empatia não deve ser posta em prática somente nos momentos ruins. Um exemplo prático de como a empatia pode ser praticada em momentos felizes: 

Sua prima passou na faculdade, você comemora com ela, ou já começa a falar da sua faculdade e quanto tempo falta para você se formar? Seu melhor amigo comprou um carro, você comemora junto com ele ou já começa a pensar e falar sobre como comprar um carro para você também, ou como foi difícil comprar o seu? 

Empatia é entender e compreender tanto os momentos ruins como os bons das outras pessoas. É permitir que os outros desabafem, chorem ou pulem de alegria. Você não deve atrapalhar esses momentos, e sim ajudá-lo a melhorar ou tornar os momentos bons ainda melhores.

Elimine bloqueios e julgamentos: Você não estará ajudando ninguém falando coisas do tipo “isso aconteceu porque você fez isso”, “você está passando por isso porque você é dessa forma” e outras frases piores que, sim, você deve guardar para você – na verdade, elas não devem existir nem em pensamento. 

Não importa o que você pensa. Elimine os julgamentos da sua vida. Fazer esse tipo de justificativa, comparação ou afirmação quando alguém pede sua ajuda não adianta em nada, só faz com que essa pessoa se sinta ainda pior. E não é essa a sua intenção, certo?

Coloque-se no lugar do outro: Finalmente, você conseguirá desenvolver a empatia tendo a capacidade de se colocar no lugar do outro sem fazer comparativos. Não tente mensurar a dor ou a felicidade de uma pessoa, para comparar a sensação com algo que você já viveu. Pense em como aquele ser está se sentindo.

Ter empatia significa respeitar o ser humano da forma que ele é. Na verdade, não somente o ser humano, porque é possível sentir empatia pelos animais, pelas plantas e por todo o planeta.

Confira também: