Não raramente nos deparamos com pessoas que dizem que precisam discutir a relação, pois sentem que algumas coisas não vão bem entre elas ou não estão tão boas como gostariam que estivessem, como se essa busca pela melhoria fosse justificada somente em momentos específicos, em períodos em que a convivência já está desgastada e sufocada extremamente, pois acreditavam que as coisas poderiam melhorar naturalmente e sem um maior esforço conjunto.
Isso muitas vezes é trabalhoso e exige uma dedicação efetiva e verdadeira pelo bem estar mútuo. Um esforço conjunto sim, pois todos nós acertamos e erramos constantemente, nos deparamos com questões de afeto, de acolhimento, de convivência, de sexualidade que nem sempre conseguimos administrar bem e de forma serena e tranquila, já que muitas vezes alguns traumas e experiências não tão bons também ficaram registrados em nossas mentes, deixando-nos fragilizados e inseguros para lidarmos com algumas demandas desafiadoras e até mesmo complexas, exigindo um olhar mais focado e atento, que não se limite a análises superficiais, a respostas prontas e achismos.
Todo esse processo de discutir a relação pode levar-nos a descurtir a mesma, pois as avaliações sinceras e verdadeiras não são exclusivamente para manter essas convivências, mas antes de tudo podem ter o objetivo principal de nos fazer bem de dentro pra fora, e isso significa que, em muitos casos, a melhor saída é mesmo sair, deixar a outra pessoa seguir o seu próprio caminho, permitindo-se não atrapalhar e não ser atrapalhado, e nem se sujeitando a manter algumas aparências que já não convencem mais ninguém, mas que mesmo assim persiste nesse teatrinho, onde os papeis acontecem no palco e na plateia.
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