Fatos que você precisa saber sobre relacionamentos abusivos

Você sabia que, de acordo com informações da ONU (Organização das Nações Unidas), três em cada cinco mulheres sofreram, sofrem ou sofrerão violência doméstica no Brasil? Pois é. E o mais preocupante disso é que muitas dessas mulheres ainda não perceberam que estão em um relacionamento abusivo

Isso acontece porque nem toda a violência é física. Em um relacionamento abusivo, a mulher pode ser violentada de diversas maneiras: na esfera física, psicológica, emocional, mental ou até mesmo patrimonial. E, em alguns casos (inclusive, na maioria deles), a mulher não reconhece que está em um relacionamento abusivo, seja por medo, insegurança, ou qualquer outro tipo de conflito de sentimentos e emoções. 

É como se ela procurasse incansavelmente por fatos que justificassem as atitudes do companheiro, e nessas horas entram as famosas frases “fez isso por amor”, “esse é só o jeito dele”, “nunca mais vai acontecer”, entre outras justificativas que não, não são reais e não, não podem ser toleradas. 

Fique atenta a cada sinal de intolerância, agressividade e desrespeito. Para te ajudar a identificar esses sinais, listamos abaixo alguns fatos que caracterizam um relacionamento abusivo. Caso você identifique uma ou mais das características abaixo como presentes em sua relação amorosa, fique atenta. Sob nenhuma hipótese, vale a pena continuar em um relacionamento que a faça sofrer. 

 

Ciúme 

Há um senso comum que diz que “ciúme é sinônimo de amor e cuidado”. Será mesmo? Quando o seu parceiro faz com que você troque sua roupa, por julgar ser muito curta ou muito decotada, quando ele vasculha suas coisas atrás de “alguma coisa”, quando controla os contatos da agenda e suas ações nas redes sociais, tudo isso não é sinônimo de amor ou carinho. Aliás, muito pelo contrário. 

É sinônimo de possessividade, e ninguém é dono de ninguém. Ninguém deve mandar em alguma outra pessoa, não importa a circunstância. Não interprete ciúme exacerbado como sinal de afeto ou carinho. 

Briga de casal 

Casais brigam? Sim, brigam, da mesma forma que pais brigam com os filhos, que amigos brigam entre si, enfim. Porém, há um limite que diferencia totalmente uma briga violenta (seja física ou verbalmente) de uma discussão com um propósito.

É normal que duas pessoas discordem em certas opiniões, crenças e pensamentos e, a partir daí, gerem discussões para tentar convencer a outra pessoa de seu ponto de vista. E isso, sim, é saudável. 

Brigas mais violentas caracterizam um relacionamento doentio, no qual um tenta mandar no outro. E isso pode ter consequências sérias no futuro. 

Diminuir o outro 

Um relacionamento também é caracterizado como abusivo quando o homem tenta diminuir a mulher em muitos aspectos. Pode ser fisicamente, falando que ela não é atraente ou bonita o suficiente – muitas vezes para que ela sinta que ele é o único homem que ficaria com ela e, por isso, não deve largá-lo –, ou falando que ela não é capaz de atingir seus objetivos, porque ele quer se sentir superior e, para isso, precisa te diminuir até o ponto de você mesma achar que ele de fato é superior. 

Negação 

Normalmente, o parceiro abusivo nega que tenha esse tipo de comportamento. Ele é capaz de falar qualquer coisa para te convencer de que episódios violentos nunca mais se repetirão. 

O final é triste 

Além de um relacionamento abusivo ser muito estressante para quem o vive, é importante saber que, na esmagadora maioria das vezes, o final é muito triste. Infelizmente, poucas são as mulheres que conseguem se libertar dessa triste realidade. 

A maioria se prende à esperança de que o parceiro mudará, de que é apenas uma fase, ou, pior ainda, que o erro é dela em agir de determinada forma que o deixe assim, dentre tantos outros motivos. 

Essa realidade precisa mudar. O Brasil é, segundo a ONU, o país que mais mata mulheres no mundo. Não se permita fazer parte dessa estatística. Aliás, seja parte da mudança de que o país precisa. 

Qualquer tipo de abuso e violência contra a mulher deve ser reportado. Lembre-se: você precisa se sentir segura acima de qualquer coisa.

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