Na Astrologia, o mapa é traçado através do dia, mês, ano, horário e local de nascimento. Com isso, o astrólogo aponta onde estava cada planeta nos signos e casas astrológicas e quais ângulos formavam entre si. O que confere, nesse todo, a interpretação que dará as características básicas da pessoa, talentos, potências e dificuldades de cada área da vida.
Mas, existem 3 pontos (o Tripé) que são os pontos por assim dizer, mais importantes do mapa, um deles é seu signo.
O signo é conferido através da posição do Sol quando você nasceu. O Sol, a grande estrela brilhante que realça suas qualidades essenciais, onde seu ser é imantado, onde surge sua vitalidade, energia, clareza, consciência, tendências e formas de ser, sua natureza e por isso nos identificamos tanto com o que nosso signo nos mostra.
Podemos dizer que o signo é o carro condutor.
O segundo ponto desse Tripé é o Ascendente, que é a forma como você vai para o mundo, o desbrava, como imprime sua personalidade no mundo lá fora e é como as pessoas o percebem e como você se sente quando vai para a vida, é o caminho a seguir.
Podemos dizer que o Ascendente é a estrada a ser trilhada.
O terceiro ponto desse tripé é a Lua que em seu mapa refere-se às questões emocionais, como você se conduz emocionalmente perante a vida, como administra as emoções, como se sente em relação às pessoas, sua autoimagem, o passado, onde ficaram marcas, a psique, as raízes psicológicas dessa e outras vidas, os condicionamentos inconscientes da infância, pré-adolescência, o ser mãe, a mãe. A Lua rege nosso inconsciente.
Podemos dizer que a Lua é o clima que temos que enfrentar.
Signo - Carro, Ascendente - Estrada, Lua - Clima
Agora vamos juntar as peças dessa viagem no tripé em um mapa de uma cliente minha que veio em uma consulta comigo.
Maria (nome fictício) é do signo de Capricórnio, ascendente em Sagitário e a Lua no signo de Touro.
Maria tem dois focos importantes desse Tripé em signos cuja regência é o elemento Terra. Seu signo, ou seja, seu Sol Natal, em Capricórnio e sua Lua, que passava pelo signo de Touro. Os signos regidos pelo elemento da Terra são: Touro, Virgem e Capricórnio que comungam a natureza da sensatez, a necessidade de serem práticos, compromissados, organizados, e buscam estabilidade e segurança. São muito responsáveis.
Dessa forma pela Lua, que representa o passado estar em Touro, Maria tem uma necessidade muito grande de segurança, de criar rotinas para que ela possa sentir que está com as rédeas da sua vida nas mãos e das pessoas próximas também, sempre controlando. Precisa sentir que tudo flui sempre de um mesmo modo, mesmo que isso seja meio tedioso, porque assim, ela se sente tranquila e estável em suas emoções. A Lua em Touro pede que ela tenha sempre estabilidade econômica, afetiva, etc.
Essa Lua pode ser um padrão dessa vida onde teve perdas na infância, o que mostrava um grau de responsabilidade vindo muito cedo para ela (em função de um aspecto planetário com Saturno nesse Tripé) trazendo a sensação (Lua) inconsciente de que a vida pode trazer muitas instabilidades e que é preciso estar sempre sendo prático, responsável e controlado para que nada aconteça de ruim.
Maria me confirmou que sua família teve perdas no passado, o pai investiu, com um sócio em uma empresa, os recursos da família e faliu. Ela tinha 6 anos e sentiu todo o clima dessa perda, tanto em suas emoções, como nas mudanças de padrão econômico que a família toda passou a viver a partir daí, tendo que assumir tarefas na casa, cuidar de irmãos menores entre outras coisas.
O Sol, ou seja, o signo em Capricórnio apenas dava mais força e apoio a esse padrão lunar. Capricórnio é um dos signos mais responsáveis do zodíaco, regido por Saturno, planeta cobrador e condutor das responsabilidades e aprendizados complexos que temos na vida, o que dava um tom muito sério à sua personalidade, deixando transparecer um tom melancólico em sua voz, além de trazer excesso de compromissos e muitas preocupações. Por outro lado, dava a ela maturidade e a capacidade de ir em busca do que queria, alavancando suas ambições.
Maria estava com 32 anos, época em que o ascendente começava a florescer e claramente se avizinhava um conflito complexo, já que o ascendente é a estrada a seguir e imprime sua energia na personalidade da pessoa. O Ascendente dela é Sagitário, signo regido pelo elemento Fogo (os signos de Fogo são: Áries, Leão e Sagitário) que comungam a necessidade de serem livres, sem rotinas, cheios de movimentos, desafios e mudanças. São enérgicos, cheios de ação e energia, são otimistas por natureza e muito ativos. Tudo levava a crer que Maria começava a travar uma batalha entre seu lado Terra, rotineiro, sensato, prático e seguro com seu lado Fogo, agitado, ativo, desafiador e ousado.
"Tudo é uma questão de reconhecer seus padrões e trabalhá-los.
Ao conversar com ela sobre isso, apontei que ela estava de fato em conflito, pois um lado seu queria muito ir para o mundo com menos pesos, alegria (ela percebia que não conseguia ser feliz, sempre estava com algo preocupante em sua mente), espontaneidade, largueza de visão e mais leve e solta versus seu outro lado que a prendia às situações e pessoas que lhe traziam estabilidade, mas com um senso prático em excesso que a prendiam às situações que não desejava mais, sempre vivendo os mesmos tons, sensações, emoções, etc.
Maria sentiu que finalmente existia luz no final do túnel porque não aguentava mais sentir-se dividida e o que era pior: sem saber que rumo tomar.
Expliquei que sempre que ela se posicionasse a favor da energia do ascendente (quando existisse algum TRÂNSITO planetário nesse ponto) ela iria fazer algum tipo de mudança que pudesse levá-la a essa energia mais leve, otimista, corajosa e aberta para a vida, mas como tinha um padrão (associado à infância de perdas), o inconsciente (Lua em Touro) armaria situações para ela voltar sob os passos e ir para as acomodações e estabilidades que ela estava acostumada.
Aconselhei Maria a entender que o ascendente por ser o caminho de vida dela, era importante deixar fluir com essa força do Sagitário, libertando-se de amarras, confiando mais em si e na vida, sabendo que há sempre novas possibilidades que se apresentam para alargar os horizontes da vida, mas sabendo que a estabilidade da energia da Terra, representadas por seu signo e Lua, sempre precisariam ser alimentadas também.
Mostrei-lhe que as várias vezes que tentou ir pelo caminho do ascendente, em algumas fases de sua vida, tudo voltava para trás porque o padrão do passado estava resistente demais e com orientações precisas e ferramentas quânticas astrológicas ela poderia mudar esse padrão. Hoje Maria tem um equilíbrio nesse Tripé, onde ao mesmo tempo que seu eu projeta o otimismo de uma sagitariana vendo e indo para a vida de forma mais larga e ensolarada, tem objetivos claros, é responsável e obreira como seu signo de Capricórnio exige e procura sempre perceber até onde pode ir para sentir-se segura e firme em suas bases emocionais, Lua em Touro.
Tudo é uma questão de reconhecer seus padrões e trabalhá-los.
E o Tripé de Personalidade em seu mapa, como está? Equilibrado?
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