Sabemos que a decisão de buscar uma psicoterapia nem sempre é simples, pois envolve atitudes como repensar, reentender, reposicionar e agir de outras maneiras, a partir de uma nova e arejada compreensão de todo o contexto em que se vivenciam as relações humanas em todas as suas dimensões.
Nessa busca consciente pelo bem estar, todo o processo psicanalítico se desenvolve a partir do acolhimento e sintonia com o psicanalista, que desde o início pode se caracterizar por uma desconstrução e reconstrução conjuntas, tendo como base a confiabilidade, segurança e sensibilidade de saberem compartilhar as emoções que favoreçam o aprofundamento das análises emergidas em cada sessão.
Surgem, a partir daí, as chances de se fazer novas leituras de percepções, fatos e situações pontuais que podem estar conectadas também a episódios da infância (relações entre pais e filhos), nos quais os papéis são dimensionados pela necessidade de, desde o nascimento, nos posicionarmos entre os familiares, o que, mais tarde, nos influenciará no agir e interagir nas nossas relações afetivas.
Entendendo essa sequência, a atitude de se permitir fará com que as lentes que usamos para ler e compreender a vida, possam ser cada dia mais limpas, com menor grau de poeira que em tantos momentos, não nos deixam ver e sentir novas e positivas oportunidades de sermos mais inteiros, conscientes e efetivamente podermos ser os responsáveis pela nossa própria felicidade, sem resumi-la à existência de alguma pessoa ou coisa.
Confira também: