Série Hábitos Nocivos: Inflexibilidade

Inflexibilidade pode parecer força a princípio, principalmente quando se relaciona com questões morais, ética e princípios de vida, porém, temer a dúvida ao ponto de não se permitir mudar de ideia ou ao menos refletir sobre a possibilidade de erro, enfraquece aquilo que defendemos. Até porque, nada como a prova do tempo para revelar a verdade de algo. Assim, por qual motivo iríamos temer tanto a diferença de opiniões?

É exatamente este temor que mostra o quanto nossa convicção é falha, pois, para precisarmos nos defender com a inflexibilidade, é porque não nos sentimos firmes o bastante para resistir as ideias contrárias às nossas.

Um exemplo disso são os religiosos que não conseguem ouvir a doutrina alheia sem ficar com raiva. Outro, as pessoas onívoras que nem querem entender porque outras se abstêm de carne. Ou ainda, heterossexuais que não aceitam a existência dos homossexuais. Ora, se você tem fé na sua religião, qual o problema de ouvir como funciona a do outro? É interessante! Pode ser que o relato do outro fortaleça ainda mais sua crença ou pode mesmo fazê-lo duvidar de algumas coisas. Porém, tudo isso é muito saudável.

Assim, as consequências de quem é inflexível são:

Correr o risco de se enganar pelo resto da vida; Não conhecer a beleza do perdão; Não ter capacidade de se adaptar às circunstâncias; Perder a fé na vida ou sucumbir caso algo muito grave aconteça; Ser antipático; Provocar discussões sem fim; Passar ridículo; Ser preconceituoso; Deixar de fazer bons amigos; Deixar de aprender.

Portanto, antes de escolher permanecer inflexível, avalie até que ponto isso nasce da sua certeza e até onde é apenas medo de se deixar convencer. Se for medo, encare-o e ouça as pessoas. Você só ganhará com isso. Afinal, você não prefere descobrir a verdade a viver uma mentira, se for o caso?

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