O que a coruja significa em cada religião/cultura?

A coruja é certamente um dos animais mais fascinantes do reino animal. Seus grandes olhos, seu pio bastante característico e suas lindíssimas cores fascinam muita gente, enquanto muitos outros se assustam com seu olhar fixo, sua cabecinha, que é capaz de girar bastante, e o nível de atenção que parece prestar em tudo.

Afinal, corujas são símbolos de bom ou de mau agouro? Isso varia de acordo com a visão religiosa da sua crença, por isso vamos explorar como cada religião vê a coruja e seu significado. Confira!

A coruja, segundo o cristianismo

Coruja marrom.

Muitos animais aparecem como símbolos na Bíblia, mas, surpreendentemente, a coruja não é usada dessa forma. Ela é citada apenas cinco vezes no livro sagrado do cristianismo, sempre com pouco destaque e em meio aos nomes de outros animais.

Podemos dizer, portanto, que, segundo a religião cristã e suas relacionadas, como judaísmo e islamismo, a coruja não tem nenhum significado.

A coruja, segundo o budismo

Coruja marrom.

As principais histórias de Buda e de outras figuras importantes do budismo não citam corujas. Apesar disso, a coruja tem alguns significados no Japão, onde a religião é bastante popular. Alguns templos budistas japoneses vendem um talismã chamado engimono, que nada mais é do que uma coruja. Esses animais são vendidos como amuletos de boa sorte, boa fortuna e prosperidade.

Conheça a diferença entre religião e espiritualidade

Ainda no Japão, a religião do povo ainu, que habitava algumas ilhas do país, tinha um deus chamado Chikap Kamuy, que era uma grande coruja que observava as terras e os mares do mundo, vigiando e cuidando dos humanos e de outros deuses. Suas lágrimas eram de ouro e prata, então a coruja era símbolo de boa sorte material para esse povo.

A coruja, segundo o hinduísmo

Coruja branca.

A coruja é bastante importante para o hinduísmo, porque uma das principais divindades dessa religião, chamada Lakshmi, deusa da prosperidade e da sabedoria, é representada por uma coruja branca.

Ela é esposa do deus Vishnu, um dos mais importantes da religião hindu. Além de ser representada por uma coruja, ela também é retratada sentada ou de pé sobre uma flor de lótus e/ou segurando uma flor de lótus nas mãos.

A coruja, segundo a mitologia grega

Coruja preta e branca.

Um dos motivos que fazem com que a coruja seja um símbolo de sabedoria e inteligência vem da mitologia grega, porque a deusa Atena, que representava sabedoria e conhecimento, era simbolizada por uma coruja.

Além disso, a deusa Atena usava corujas para exercer seus poderes de clarividência, que eram inspirados pela Lua. Além disso, segundo a cultura grega, a noite era vista como o tempo ideal para estudar e adquirir sabedoria, e como as corujas são seres noturnos, isso as fez serem associadas à inteligência.

A coruja, segundo o espiritismo

Coruja branca e marrom.

Segundo o espiritismo, a coruja é uma mensageira entre o nosso mundo e o outro mundo. Aquele que tem essa crença e costuma sonhar com coruja deve saber que está prestes a receber notícias profundamente transformadoras, e é preciso estar preparado para recebê-las com sabedoria.

Entenda a diferença entre umbanda, candomblé e quimbanda

Outra coisa que faz a coruja ser conhecida é sua capacidade de ver sempre mais além, desvendando o que é desconhecido a partir do ponto atual. Então ter bastante contato com esse animal simboliza que estamos nos abrindo a enxergar para além do normal.

A coruja, segundo a umbanda

Coruja branca.

A coruja, segundo a umbanda, é associada ao orixá Xangô, portanto se relaciona aos valores dele, como justiça e retidão. Quando evocamos a força desse animal, portanto, estamos pedindo ajuda em questões relacionada a justiça, como problemas legais, de contratos e de acordos.

Às vezes, a coruja também é associada a perseguição e inveja, que são aspectos negativos, porque são conhecidas por terem um olhar atento e vigilante, mas é preciso sempre focar nos aspectos positivos desse animal tão simbólico e ligado a um dos orixás mais poderosos da religião.

A coruja, segundo a cultura asteca

Coruja marrom.

Para o povo asteca, a coruja estava relacionada ao momento de encerramento da vida das pessoas. As corujas eram chamadas de deusas do inferno, porque, segundo os astecas, elas desciam para a terra para comer as almas daqueles que tinham acabado de morrer, permitindo que eles fizessem a passagem para o mundo inferior.

A coruja, segundo a cultura maori

Coruja bege.

Uma cultura muito ligada à natureza e aos animais é a maori, que são povos nativos da Nova Zelândia, na Oceania. Para os maori, a coruja é um símbolo de nobreza e sabedoria, além de também serem usadas para representar tudo aquilo que é feminino e o respeito pelos nossos ancestrais.

Descubra a energia mística de cada animal

Esses são os significados da coruja segundo as principais religiões e culturas do mundo, mas é claro que há muitas maneiras diferentes de enxergar o simbolismo desse animal e o que ele representa. E para você, qual é o significado da coruja?

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