Construa seu próprio espaço de refúgio

Não é raro, em nossa vida, estarmos em situações que nos tiram o chão, que nos desestabilizam e que geram diversos descontroles emocionais, como a perda de alguém que amamos, uma traição, a perda de uma condição favorável ou qualquer outra dificuldade que nos gere grande angústia. Quando entramos nessa situação, fica difícil sair se não tivermos um ponto de refúgio.

Neste texto, quero falar com você sobre como podemos criar esse ponto de refúgio e como ele pode te ajudar a passar por momentos difíceis de sua vida, sendo um local de paz e de tranquilidade interior.

3 pilares para o espaço de refúgio

Vamos iniciar entendendo o que é esse ponto de refúgio. Ele não é um lugar externo, como uma cabana onde você se refugia quando algo ruim acontece, mas sim uma condição na qual sua mente consegue se manter serena, para conseguir passar por quaisquer tempestades que aparecerem. Esse ponto de refúgio é quando conseguimos respirar fundo, olhar com calma e não deixar nossa mente ser carregada pelas adversidades.

Para criarmos esse ponto de refúgio, precisaremos de 3 qualidades que podemos desenvolver ao longo de nossa prática.

Disciplina

Homem branco de boné e cabeça baixa.

A primeira qualidade é a disciplina. De maneira geral, acreditamos que a disciplina é uma falta de liberdade, como se tivéssemos que fazer algo de maneira obrigatória. Mas na verdade a disciplina é a possibilidade de se ter liberdade. A maioria das pessoas se movimenta pela energia que é gerada quando olha para algo. Por exemplo: a pessoa que ter um corpo mais saudável. Então decide ir até a academia para fazer exercícios. Mas basta que passem as primeiras semanas para que a sua energia comece a cair, pois sente que é muita energia que precisa empenhar nisso.

Dessa forma, desiste da academia, sendo carregada pela sensação de falta de energia. Se ela tivesse a qualidade da disciplina, teria liberdade de conseguir manter o que se propôs a fazer. Nesse sentido, a disciplina é a liberdade da mente de fazer o que se quer. A disciplina é a capacidade que temos de manter a nossa energia de maneira constante, sem deixar que os eventos externos ou os pensamentos a dispersem.

Para desenvolver essa qualidade, precisamos começar aos poucos. Você pode iniciar se comprometendo com uma prática de meditação, yoga ou técnica contemplativa por 10 minutos todos os dias. Seu objetivo é desenvolver sua disciplina e sua capacidade de manter sua energia de maneira constante.

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Outra prática é de manter sua energia constante enquanto faz uma tarefa. Ao lavar uma louça, mantenha sua atenção no que está fazendo. Ao caminhar, concentre-se em sua caminhada. Mantenha a mente focada na ação que realiza, trazendo-a para o momento presente. Geralmente, deixamos que nossa mente se distraia e que os pensamentos comecem a vagar. Essa é nossa energia se dispersando. Então praticamos para que nossa energia fique no momento presente e, com o tempo, essa prática se torna natural.

Ao fazermos isso, teremos mais controle sobre nossa energia e conseguiremos lidar melhor com as situações, não deixando que elas nos perturbem, conseguindo, assim, ter a capacidade de escolher como agir frente às situações.

Paciência

Mulher branca sentada na areia da praia.

Quando falo em paciência, normalmente as pessoas atribuem a ter paciência com o outro. Porém me refiro à paciência consigo. Quando perdemos nosso controle, ficamos tristes, passamos por dificuldades, erramos ou até mesmo fracassamos em algo, então temos a tendência a nos culpar e a acreditar que há algo de errado conosco.

Precisamos aprender a ter essa paciência e esse autocuidado. Olhar para nós mesmos como quem cuida de um amigo muito querido. Se tivermos essa mente paciente com nossas falhas, com nossos deslizes, conseguiremos lidar melhor com momentos de dificuldade, afinal todo ser humano tem suas potencialidades e suas falhas, então precisamos ter paciência conosco quando erramos e nos deparamos com nossa falhas.

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Para praticar essa qualidade, podemos observar quando estamos nos criticando e condenando. Observar os pensamentos que geram essa crítica negativa e olhar de outra posição. Por exemplo: se fosse um amigo muito querido que estivesse passando pela situação que você está, você o criticaria com tamanha ferocidade?

Autoconhecimento

Mulher branca com a cabeça elevada e a mão no queixo.

Autoconhecer-se é olhar para dentro e conseguir nomear o que sente. É saber quais respostas emocionais temos para determinados eventos e como essas emoções e respostas automatizadas compõem nossa personalidade.

Para se autoconhecer, precisamos contemplar nossa mente, conhecer nossas emoções, saber nomeá-las. Saber o que é raiva, ansiedade, estresse, medo, alegria e tantas outras emoções que sentimos. Quando não sabemos nomear nossas emoções, elas podem impactar o nosso corpo. Quando a mente não conhece si mesma, ocorre que essa energia pode se descarregar no corpo, gerando problemas psicossomáticos.

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Para desenvolver nosso autoconhecimento, devemos buscar olhar para a nossa própria mente. Podemos fazer isso ao procurarmos uma terapia, ao praticarmos a meditação e ao conhecermos quais emoções dominam nosso dia. Esse tipo de ação gera mais percepção de que ações repetitivas em nossa vida sabotam nossa forma de ver, pensar e agir.

Se praticarmos essas 3 qualidades, desenvolveremos um ponto de refúgio que nos gera mais tranquilidade para agir perante os desafios impostos pela vida.

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