O ano de 2021 foi marcado pelo Arcano 5 – O Papa –, que falava de ética, bons costumes, de se fazer o que era correto, de mostrar compreensão e tolerância uns com os outros.
Em 2022, vemos o surgimento de uma nova imagem: a dos Enamorados, o Arcano de número 6. Isso acontece porque, ao somarmos os algarismos do ano (2022 = 2+2+2) temos como total o número 6.
Tal quer dizer que tudo que acontecerá no mundo será um espelho dos Amantes? Não. Na verdade, o que acontece é uma representação, ou seja, essa carta será um sinalizador, um regente, como o próprio nome diz.
Em outras palavras, ele vai indicar, por meio de uma imagem, o clima do mundo ao longo dos próximos 12 meses, tanto no seu sentido positivo quanto no negativo.
Agora, o que cada um fará a partir disso nascerá de uma escolha pessoal, o que é interessante, posto que o ano de 2022, tendo como regência Os Enamorados, falará muito de livre-arbítrio, assim como de união, de compaixão, de ajuda mútua, de seguir o próprio coração, de sermos práticos e objetivos.
Portanto escolhas como usar ou não máscara, voltar ou não ao trabalho/estudo presencial, frequentar shows e restaurantes, vacinar-se ou não, serão exemplos dessa individualidade sendo colocada o tempo todo em xeque.
A questão é que ter a liberdade de decidir não nos exime das responsabilidades que virão, já que uma das próximas cartas da sequência dos Arcanos Maiores do Tarô será a Justiça, que tudo pesa, julga, analisa e cobra.
Desse modo, é preciso analisarmos até onde nossas escolhas irão afetar as pessoas ao nosso redor, até porque é justo que outros sofram as consequências de algo pelo qual optamos individualmente?
Afinal, quando uma pessoa resolve dirigir bêbada, ela está prejudicando apenas a si mesma (saúde) ou colocando várias pessoas em risco de serem feridas e mortas ao longo de seu trajeto?
Por outro lado, Os Enamorados não têm a ver apenas com uma escolha entre bem e mal, certo e errado, mas igualmente entre aquilo que é autêntico e o que foi induzido por terceiros.
Quando existem muitos caminhos disponíveis, é fácil nos dispersarmos e dependermos de conselhos e sugestões alheias.
A questão é que, se fizermos isso com frequência, iremos perder nossa autenticidade e capacidade de pensar com a própria cabeça.
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Logo, neste ano, pense nestas duas questões: “Eu estou deixando as redes sociais definirem minha vida sem que eu tenha consciência de meus atos?”, “Eu estou prejudicando o bem-estar social tomando decisões que, na prática, não afetam apenas a mim?”.
Com certeza, essa reflexão irá impedir que você caia em extremos, seja de egoísmo, seja de indefinição. E o fato é que, quando todos nós estamos fazendo o que queremos, e tais ações transformam nossa vida e de outros para melhor, estaremos dentro da energia desse Arcano.
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Vanessa Mazza Furquim